OESP, Vida, p.A21 - 03/03/2005
Estado desapropria áreas para novo parque
Chico Siqueira, especial para o Estado
Ao assinar o decreto que desapropria 7.700 hectares para instalação do Parque Estadual do Rio do Peixe, o governador Geraldo Alckmin deu o primeiro passo para a preservação do cervo-do-pantanal no Estado. Na região, estão os últimos 150 animais soltos no Estado.
Espécie em extinção, o cervo praticamente desapareceu após o enchimento dos lagos das Hidrelétricas de Jupiá e Sérgio Motta, no Rio Paraná. Estima-se que, antes disso, mais de 3 mil viviam na região.
Muitos foram dizimados pela inundação e a caça. Eles ainda são alvo de caçadores, que buscam a carne exótica e os chifres como troféus. Também são vítimas de doenças transmitidas pelo gado, que divide ilegalmente com eles parte do Parque do Aguapeí, na divisa com o do Rio do Peixe.
Com o novo parque, os ambientalistas acreditam que o cervo será protegido. "Esta área deverá ser cercada, o que pelo menos vai dificultar a entrada de caçadores e facilitar a atuação da Polícia Ambiental", diz Roberto Franco, da ONG Econg.
O Parque do Rio do Peixe, nos municípios de Ouro Verde, Dracena, Presidente Venceslau e Piquerobi, foi criado em 18 de setembro de 2002, mas só agora o governo decidiu desapropriar as áreas para instalá-lo na prática. Além dos cervos, a região abriga lontras e jacarés-de-papo-amarelo.
OESP, 03/03/2005, p. A21
UC:Parque
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