Fiscais do Ibama de Santarém flagraram no rio Jarauçu, que corta a Resex Verde Para Sempre, a empresa MG Madeireira Araguaia Indústria e Comércio Agropecuário S/A transportando, em duas balsas, sem Autorização de Transporte de Produto Florestal (ATPF), mais de 1.200 metros cúbicos de madeira nobre em toras das espécies Jatobá, Muiracatiara, Massaranduba e Angelim, extraídas dentro da Resex.
Segundo o chefe da fiscalização do Ibama em Santarém Manoel Costa, a MG, adquiriu de terceiros a madeira extraída na Resex sem autorização do Ibama. O técnico ambiental Costa esclarece que os todos os Planos de Manejo Florestal Sustentável (PMFS) estão suspensos desde a decretação da reserva ambiental recentemente criada pelo governo federal e localizada no município de Porto de Moz,oeste, a 600 km da capital Belém.
O gerente executivo do Ibama no Pará, Marcílio Monteiro diz que a Resex de 1,3 milhões de hectares está sendo alvo da cobiça dos madeireiros da região que querem saqueá-la a qualquer custo. A prova disso está na apreensão das balsas no rio Jarauçu que corta a Resex. "Daí a importância de discutirmos com a sociedade a promoção do desenvolvimento sustentável com inclusão social as populações tradicionais no Xingu", enfatiza Monteiro.
As balsas com madeira serão conduzidas com apoio do Polícia Militar de Altamira até o porto de Santarém. Após a cubagem das toras de madeira será determinado o valor da multa aos infratores, conforme estabelece a Lei 9605/98- Lei dos Crimes Ambientais e o Decreto 3179/99. O produto florestal ficará sob a guarda do Ibama até a justiça decidir a destinação da madeira nobre apreendida na região do Xingu.
A operação que flagrou as balsas com madeira dentro da Resex Verde Para Sempre foi fruto de denúncia encaminhada ao Ibama e coordenada pelo chefe da fiscalização Manoel Costa e Walter Navarro, técnico ambiental e piloto de helicóptero da Gerex Santarém. A única no Brasil que dispõe de um funcionário do Ibama que também é piloto.
(Edson Gillet Brasil-Ibama-Brasília-DF-04/02/05)
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