Área corre risco de degradação

Gazeta de Cuiabá - 23/03/2005
A criação do Parque Nacional do Juruena é justificada pelo Ibama de Brasília como barreira ao avanço da fronteira agrícola no Norte de Mato Grosso. Trechos do projeto apontam que o estado de conservação daquela área seja satisfatório, mas há risco de degradação ambiental pela agricultura, atividade madeireira, grilagem de terras e garimpos. O documento denuncia também que em alguns pontos há abertura de terra irregularmente, com uso de placas que sinalizam divisão de glebas. Assim, tendo em vista a vasta biodiversidade da região, o Parque funcionaria como área de preservação ambiental da Amazônia, sem desconsiderar uso dele para pesquisas científicas e ecoturismo na região.

O Parque abrange principalmente o município de Apiacás (1 mil km de Cuiabá). Inclui os rios Juruena, Tapajós, Bararati, Sucunduri e São Tomé e áreas de interflúvio. Conforme o projeto do Ibama, a região é coberta por savanas em morros e serras. Há grandes lagoas, que apresentam uma estrutura de vegetação diferenciada da floresta. Também há buritizais, responsáveis pela sobrevivência de populações de araras e papagaios. O atrativo para ecoturismo vem dos rios de águas cristalinas, praias de areia, saltos e corredeiras dentro da área.

Porém, de acordo com o projeto, a formação em alguns pontos requer isolamento de populações de animais.

O milhão de hectare que abrange o Parque do Juruena é praticamente despovoado. Conforme o Ibama, a densidade populacional é de cinco habitantes por quilômetro quadrado, o que permite criação da área de preservação sem prejuízos às cidades. Lá, vivem apenas etnias indígenas que estão incluídas no projeto, além de único povoado conhecido como Vila da Barra.(GL)
(-Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT-23/03/05)
UC:Parque

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