Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha
Area
11,270.00ha.
Document area
Decreto - 96.693 - 14/09/1988
Legal Jurisdiction
Outros
Year created
1988
Group
Proteção Integral
Responsible instance
Federal
Area
11,270.00ha.
Document area
Decreto - 96.693 - 14/09/1988
Legal Jurisdiction
Outros
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1988
Group
Proteção Integral
Responsible instance
Federal
Map
Municipalities
Município(s) no(s) qual(is) incide a Unidade de Conservação e algumas de suas características
Municipalities - PARNA Marinho de Fernando de Noronha
# | UF | Municipality | Population (IBGE 2018) | Non-urban population (IBGE 2010) | Urban population (IBGE 2010) | Área do Município (ha) (IBGE 2017) | CA area in the municipality (ha) | CA area in the municipality (%) | |
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1 | PE | Recife | 1,637,834 | 0 | 1,537,704 | 21,843.50 | 10,987.92 |
|
100.00 % |
Environment
Management
- Management Agency: (ICMBIO) Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
- Type of council: Consultivo
- Year of creation: 2001
Juridical Documents
Juridical Documents - PARNA Marinho de Fernando de Noronha
Management documents - PARNA Marinho de Fernando de Noronha
Plan type | Approval year | Phase | Observation |
---|---|---|---|
Plano de manejo | 1991 | ||
Plano de manejo | 2018 | Aprovado |
Characteristics
Histórico
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha foi criado em 14 de setembro de 1988 pelo Decreto no 96.693, com o objetivo de valorizar os ambientes naturais e de beleza cênica local, protegendo os ecossistemas marinhos e terrestres, preservando a fauna, a flora e os demais recursos naturais. Ocupando uma área total de mais de 10 mil hectares, o Parque tem dentre seus objetivos específicos a sensibilização da sociedade para a necessidade de conservação da natureza, assim como disseminação de pesquisas científicas que visam compreender a biodiversidade local, conservar os sítios históricos arquitetônicos e naturais e o ordenamento do fluxo turístico.
Do passado, restam construções históricas que contam um pouco do período de ocupação de franceses. Logo após a colonização, em 10 de agosto de 1503 de Américo Vespúcio, vários impactos negativos ocorreram na área, desde o desmatamento de 95% da vegetação original, a introdução de animais e plantas, lixo, animais domésticos soltos na ilha, caça, pesca, entre outros.
Em 1938 o Arquipélago foi cedido à União, para a instalação de um Presídio Político. Em 1942, durante a II Guerra Mundial, criava-se o Território Federal Militar, juntamente com o Destacamento Misto de Guerra e a aliança com a Marinha norte-americana, que instalou na ilha uma Base de Apoio, com cerca de 300 homens.
Características Ambientais
O PARNA Marinho de Fernando de Noronha abriga um sensível ecossistema e espécies que estão ameaçadas de extinção em outras regiões do país e do mundo. O arquipélago é caracterizado como um santuário para muitas espécies e, desde 2001, foi reconhecido e tombado pela UNESCO como patrimônio mundial da humanidade, juntamente com Atol das Rocas. Foi designado como Sítio RAMSAR em 2018, área úmida de importância internacional.
A maior parte do arquipélago de Fernando de Noronha foi declarada Parque Nacional Marinho. O parque é formado por dois terços da ilha principal e inclui todas as ilhas secundárias, com área total de mais de 100 km² e 21 ilhas. No arquipélago vive uma população de cerca de três mil habitantes e o turismo é a base econômica local.
Segundo o Plano de Manejo do PARNA, Fernando de Noronha constitui um grande banco de alimentação e reprodução para toda a fauna marinha do Nordeste brasileiro, além de representar um local de alimento e descanso para espécies migratórias. Lá encontram-se os últimos vestígios de Mata Atlântica insular e o único manguezal oceânico do Atlântico Sul.
A região é considerada uma das mais importantes regiões para a reprodução de aves marinhas dos dois hemisférios do Atlântico, e berçário para diversos grupos ameaçados, como é o caso dos cetáceos (baleias e golfinhos) e quelônios (tartarugas).
Vegetação
O solo pedregoso e pouco profundo e os longos períodos de estiagem são responsáveis por uma vegetação baixa e rarefeita, semelhante à do agreste pernambucano com arbustos espinhosos e cactáceas. A vegetação nativa, com espécies de Mata Atlântica, foi quase toda devastada na época em que a ilha era um presídio.
Fauna
A maior diversidade do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha está debaixo de suas águas. São cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de tubarões, tartarugas marinhas e golfinhos rotadores. Do lado de fora, aves migratórias circulam pelas ilhas: fragatas, viuvinhas, o rabo-de-junco e o endêmico sebito.
Entres os animais ameaçados de extinção estão a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva, o cebito, a estrela-do-mar, o ouriço-satélite, o coral-de-fogo, o tubarão-limão e a juruviara-de-noronha.
Relevo
O arquipélago de Fernando de Noronha, cuja principal ilha leva o mesmo nome, está situado sobre uma montanha submarina de 4.000 metros de altitude e rochas vulcânicas de tom azulado erguem-se por toda parte. Na ilha de Fernando de Noronha está o ponto mais alto do arquipélago, o Morro do Pico (321 metros). Suas 16 praias agrupam-se em duas faces: o Mar de Dentro, voltada para o continente, e o Mar de Fora, voltada para o oceano, onde o mar é mais agitado.
O relevo do arquipélago envolve desde áreas planas de baixa altitude, até picos isolados e morros com encostas íngremes. O relevo conforma falésias abruptas na beira mar, estas ligadas tanto às altas elevações, como aos platôs rebaixados de lavas ultrabásicas, algumas vezes bordejadas por faixas arenosas no sopé, conformando as praias em Fernando de Noronha.
Clima
O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 23,5oC e 31,5oC. O parque pode ser visitado o ano todo. Para mergulhar, o período seco, de agosto a janeiro, é o melhor.
Pressões e Ameaças
A área do Arquipélago de Fernando de Noronha encontra-se administrativamente fragmentada, entre o Governo do Estado de Pernambuco, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, o Comando da Aeronáutica e o IBAMA.
A disposição de resíduos tem um alto impacto nas ilhas e tendem a aumentar drasticamente, assim como o turismo e a pastagem.
Referências:
1. Governo do Estado de Pernambuco - Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.noronha.pe.gov.br/instMeioAmbiente_3.php. Acesso em 23/01/2020.
2. ICMBio - PARNA Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/marinho/unidades-de-conservacao-marinho/2265-parna-marinho-de-fernando-de-noronha. Acesso em 23/01/2020.
3. ICMBIO (MMA) - Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/192-parque-nacional-marinho-fernando-de-noronha.html. Acesso em 23/01/2020.
4. Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://www.parnanoronha.com.br/o-parque. Acesso em 23/01/2020.
5. Plano de Manejo - PARNA Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://documentacao.socioambiental.org/ato_normativo/UC/1702_20141002_171602.pdf. Acesso em 23/01/2020.
6. Wikiparques - Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_Marinho_de_Fernando_de_Noronha. Acesso em 23/01/2020.
53990-000 - Fernando de Noronha - PE
Fone: (81) 3619-1176 / 619-1128
Fax: (81) 3619 - 1210
O Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha foi criado em 14 de setembro de 1988 pelo Decreto no 96.693, com o objetivo de valorizar os ambientes naturais e de beleza cênica local, protegendo os ecossistemas marinhos e terrestres, preservando a fauna, a flora e os demais recursos naturais. Ocupando uma área total de mais de 10 mil hectares, o Parque tem dentre seus objetivos específicos a sensibilização da sociedade para a necessidade de conservação da natureza, assim como disseminação de pesquisas científicas que visam compreender a biodiversidade local, conservar os sítios históricos arquitetônicos e naturais e o ordenamento do fluxo turístico.
Do passado, restam construções históricas que contam um pouco do período de ocupação de franceses. Logo após a colonização, em 10 de agosto de 1503 de Américo Vespúcio, vários impactos negativos ocorreram na área, desde o desmatamento de 95% da vegetação original, a introdução de animais e plantas, lixo, animais domésticos soltos na ilha, caça, pesca, entre outros.
Em 1938 o Arquipélago foi cedido à União, para a instalação de um Presídio Político. Em 1942, durante a II Guerra Mundial, criava-se o Território Federal Militar, juntamente com o Destacamento Misto de Guerra e a aliança com a Marinha norte-americana, que instalou na ilha uma Base de Apoio, com cerca de 300 homens.
Características Ambientais
O PARNA Marinho de Fernando de Noronha abriga um sensível ecossistema e espécies que estão ameaçadas de extinção em outras regiões do país e do mundo. O arquipélago é caracterizado como um santuário para muitas espécies e, desde 2001, foi reconhecido e tombado pela UNESCO como patrimônio mundial da humanidade, juntamente com Atol das Rocas. Foi designado como Sítio RAMSAR em 2018, área úmida de importância internacional.
A maior parte do arquipélago de Fernando de Noronha foi declarada Parque Nacional Marinho. O parque é formado por dois terços da ilha principal e inclui todas as ilhas secundárias, com área total de mais de 100 km² e 21 ilhas. No arquipélago vive uma população de cerca de três mil habitantes e o turismo é a base econômica local.
Segundo o Plano de Manejo do PARNA, Fernando de Noronha constitui um grande banco de alimentação e reprodução para toda a fauna marinha do Nordeste brasileiro, além de representar um local de alimento e descanso para espécies migratórias. Lá encontram-se os últimos vestígios de Mata Atlântica insular e o único manguezal oceânico do Atlântico Sul.
A região é considerada uma das mais importantes regiões para a reprodução de aves marinhas dos dois hemisférios do Atlântico, e berçário para diversos grupos ameaçados, como é o caso dos cetáceos (baleias e golfinhos) e quelônios (tartarugas).
Vegetação
O solo pedregoso e pouco profundo e os longos períodos de estiagem são responsáveis por uma vegetação baixa e rarefeita, semelhante à do agreste pernambucano com arbustos espinhosos e cactáceas. A vegetação nativa, com espécies de Mata Atlântica, foi quase toda devastada na época em que a ilha era um presídio.
Fauna
A maior diversidade do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha está debaixo de suas águas. São cerca de 230 espécies de peixes e 15 de corais, além de tubarões, tartarugas marinhas e golfinhos rotadores. Do lado de fora, aves migratórias circulam pelas ilhas: fragatas, viuvinhas, o rabo-de-junco e o endêmico sebito.
Entres os animais ameaçados de extinção estão a tartaruga-cabeçuda, a tartaruga-verde, a tartaruga-oliva, o cebito, a estrela-do-mar, o ouriço-satélite, o coral-de-fogo, o tubarão-limão e a juruviara-de-noronha.
Relevo
O arquipélago de Fernando de Noronha, cuja principal ilha leva o mesmo nome, está situado sobre uma montanha submarina de 4.000 metros de altitude e rochas vulcânicas de tom azulado erguem-se por toda parte. Na ilha de Fernando de Noronha está o ponto mais alto do arquipélago, o Morro do Pico (321 metros). Suas 16 praias agrupam-se em duas faces: o Mar de Dentro, voltada para o continente, e o Mar de Fora, voltada para o oceano, onde o mar é mais agitado.
O relevo do arquipélago envolve desde áreas planas de baixa altitude, até picos isolados e morros com encostas íngremes. O relevo conforma falésias abruptas na beira mar, estas ligadas tanto às altas elevações, como aos platôs rebaixados de lavas ultrabásicas, algumas vezes bordejadas por faixas arenosas no sopé, conformando as praias em Fernando de Noronha.
Clima
O clima da região é tropical, com temperatura média anual entre 23,5oC e 31,5oC. O parque pode ser visitado o ano todo. Para mergulhar, o período seco, de agosto a janeiro, é o melhor.
Pressões e Ameaças
A área do Arquipélago de Fernando de Noronha encontra-se administrativamente fragmentada, entre o Governo do Estado de Pernambuco, o Distrito Estadual de Fernando de Noronha, o Comando da Aeronáutica e o IBAMA.
A disposição de resíduos tem um alto impacto nas ilhas e tendem a aumentar drasticamente, assim como o turismo e a pastagem.
Referências:
1. Governo do Estado de Pernambuco - Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.noronha.pe.gov.br/instMeioAmbiente_3.php. Acesso em 23/01/2020.
2. ICMBio - PARNA Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/unidadesdeconservacao/biomas-brasileiros/marinho/unidades-de-conservacao-marinho/2265-parna-marinho-de-fernando-de-noronha. Acesso em 23/01/2020.
3. ICMBIO (MMA) - Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. Disponível em: http://www.icmbio.gov.br/portal/visitacao1/unidades-abertas-a-visitacao/192-parque-nacional-marinho-fernando-de-noronha.html. Acesso em 23/01/2020.
4. Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://www.parnanoronha.com.br/o-parque. Acesso em 23/01/2020.
5. Plano de Manejo - PARNA Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://documentacao.socioambiental.org/ato_normativo/UC/1702_20141002_171602.pdf. Acesso em 23/01/2020.
6. Wikiparques - Parque Nacional Marinho Fernando de Noronha. Disponível em: https://www.wikiparques.org/wiki/Parque_Nacional_Marinho_de_Fernando_de_Noronha. Acesso em 23/01/2020.
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Alameda do Boldró, s/n53990-000 - Fernando de Noronha - PE
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News
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08/02/2021 - Arquiteto pede para sair da gestão de Fernando de Noronha
((o))eco -http://www.oeco.org.br// -
04/02/2021 - Ambientalistas ameaçam ir à Justiça contra exploração de petróleo perto de Fernando de Noronha
FSP, Ambiente, p. B7 -
17/11/2020 - Chefe de Noronha será responsável pela liberação da pesca de sardinha, oficializa ICMBio
((o))eco - http://www.oeco.org.br/ -
02/11/2020 - Partido Verde quer que MP investigue liberação de pesca em Fernando de Noronha
((o))eco -http://www.oeco.org.br// -
01/11/2020 - Bolsonaro comemora liberação de pesca de sardinha em Noronha, ação que preocupa ambientalistas
Folha de Pernambuco - https://www.folhape.com.br/ -
05/12/1990 - CEE recebe projeto para desenvolvimento amazônico
Jornal de Brasília (Brasília - DF) -
05/03/2020 - Pesquisadores criticam plano da Embratur de permitir cruzeiros e naufrágios em Noronha
O Globo, Sociedade, p. 37 -
05/03/2020 - Plano de Bolsonaro de 'naufrágio artificial' em Fernando de Noronha pode atrair coral destruidor
OESP, Metrópole, p. A23 -
04/03/2020 - Governo pretende facilitar operação de cruzeiros marítimos em Fernando de Noronha
O Globo, Sciedade, p. 37 -
03/03/2020 - Governo Bolsonaro quer facilitar circulação de cruzeiros em Fernando de Noronha
https://gauchazh.clicrbs.com.br/ -
02/03/2020 - Ministro do Meio Ambiente diz que verbas não foram liberadas para Noronha por falta de projeto; Administração da Ilha nega
G1 - https://g1.globo.com/ -
05/03/2020 - Governo de PE diz que liberação de cruzeiros em Noronha é turismo predatório
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04/03/2020 - Governo vai liberar entrada de cruzeiros marítimos e 'naufrágio artificial' em Fernando de Noronha
OESP, Metrópole, p. A18 -
07/02/2020 - Governo autoriza pesca esportiva em áreas de conservação ambiental
FSP, Ambiente, p. B7 -
27/01/2020 - Noronha proíbe carros a combustão e plástico por turismo sustentável
Uol Viagem - https://www.uol.com.br/viagem -
27/01/2020 - Apesar do potencial turístico, parques no país penam para atrair visitantes
FSP, Ambiente, p. B6-B7 -
30/11/2019 - Oceanógrafo de Fernando de Noronha é afastado por 60 dias
((o))eco - http://www.oeco.org.br/ -
08/10/2019 - Governo muda de ideia e aumenta taxa para visitar Parque de Fernando de Noronha
((o))eco - http://www.oeco.org.br/ -
02/10/2019 - ICMBio reajusta valores de ingressos dos Parques
ICMBio - http://www.icmbio.gov.br/ -
17/09/2019 - O potencial turístico de unidades de conservação no Brasil
DW - http://www.dw.de/
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